Direitos dos Estudantes Internacionais nos Estados Unidos: Educação, Trabalho e Permanência no País
Estudantes internacionais universitários e de pós-graduação (mestrado, doutorado, MBA, entre outros) nos Estados Unidos geralmente ingressam no país com um visto F-1 (acadêmico), o que lhes garante direitos específicos relacionados à educação, trabalho regulamentado e proteção legal. Esses estudantes têm acesso a aulas, pesquisas, laboratórios e bibliotecas conforme as regras do programa acadêmico, além de poderem utilizar serviços universitários como aconselhamento acadêmico, apoio psicológico, programas de saúde mental e outras facilidades do campus. Dependendo da instituição e do tipo de visto, também podem concorrer a bolsas de estudo.
Embora os estudantes internacionais possam trabalhar nos EUA, há regras específicas que precisam ser seguidas. Segundo a especialista em educação internacional, Alessandra Crisanto, existem programas que permitem essa experiência profissional.
Curricular Practical Training (CPT)
Este programa permite a realização de estágios remunerados enquanto o estudante ainda está matriculado, geralmente, após a conclusão do primeiro ano, desde que seja parte integrante do currículo acadêmico. Em casos de cursos STEM, o CPT permite a autorização de trabalho imediata, permissão concedida pelo governo americano devido à alta demanda de profissionais nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Optional Practical Training (OPT)
Já o OPT autoriza o estudante a trabalhar na sua área de estudo por até 12 meses após a graduação, se mantendo legalmente no país enquanto apenas trabalha. Essa permissão, pode ser estendida para até 36 meses em cursos das áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Ou seja, fazendo as contas, sempre será mais vantajoso estudar em áreas STEM devido ao tempo de permanência e, também, às oportunidades do mercado de trabalho americano.
Além disso, estudantes internacionais contam com proteção legal nos Estados Unidos. Escolas e universidades não podem divulgar informações sobre o status imigratório dos alunos sem consentimento. Também são protegidos contra discriminação com base em nacionalidade, raça ou religião, conforme a Lei dos Direitos Civis de 1964. Outro aspecto importante é o seguro de saúde, exigido pela maioria das universidades.
Durante o período de férias acadêmicas, muitos estudantes internacionais optam por viajar para fora dos Estados Unidos, mas para que possam retornar sem problemas, precisam cumprir alguns requisitos:
– O visto F-1 deve estar válido no momento da reentrada
– O passaporte precisa ter validade superior a seis meses além da data de retorno
– O Formulário I-20 deve estar atualizado e assinado pelo Designated School Official (DSO)
– O estudante não pode ter violado nenhuma regra do status F-1, como por exemplo, trabalhar sem autorização ou não ter cumprido as normas quanto à frequência e progresso acadêmico
Para aqueles que desejam permanecer nos Estados Unidos após a conclusão do curso e seus respectivos programas, existem algumas opções. Uma delas é a aplicação para um visto de trabalho H-1B, patrocinado por um empregador. Há também a possibilidade de transição para outro status imigratório, como o EB-2 NIW (National Interest Waiver), voltado para profissionais altamente qualificados. Tudo irá depender do desempenho do estudante acadêmica e profissionalmente, e das oportunidades fornecidas por seu empregador.
Os direitos dos estudantes internacionais nos EUA garantem oportunidades acadêmicas e profissionais, mas exigem planejamento e conformidade com as regras imigratórias. Por isso, antes de qualquer decisão sobre trabalho, viagens ou permanência no país, é essencial buscar orientação junto à universidade ou a um especialista em imigração.
Saiba mais sobre estudar nos EUA acompanhe o instagram Alessandra Crisanto e Study & Work USA
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